sábado, 28 de novembro de 2009
Reportagem 6: Correio Braziliense:Publicação: 26/11/2009 07:10 Atualização: 26/11/2009 09:17
Moradores estão com medo da onda de assaltos nas 400
Eles reclamam dos recentes furtos nos apartamentos e da falta de policiamento
Elisa Tecles
Publicação: 26/11/2009 07:10 Atualização: 26/11/2009 09:17
Marcas de arrombamento na porta de um dos imóveis invadidos
Uma onda de assaltos preocupa moradores das quadras 400 das asas Sul e Norte. Nas últimas duas semanas, criminosos invadiram pelo menos sete apartamentos durante o dia. Na tarde de terça-feira, três adolescentes entraram em uma residência na 416 Sul, agrediram o morador e levaram celulares, joias, notebooks e dinheiro. A atuação dos criminosos é parecida com a tática usada em apartamentos do Sudoeste em julho e agosto deste ano: eles interfonam até encontrar um imóvel vazio e levam objetos de valor.
Há duas semanas, a funcionária pública Lindalva Cunha, 48 anos, recebeu um telefonema da imobiliária avisando que o apartamento onde ela morava, no Bloco Q da 403 Norte, havia sido arrombado. O crime ocorreu na hora do almoço, quando a casa estava vazia. Os invasores deixaram marcas nas duas portas de acesso à residência. Eles destruíram a entrada da frente, fechada com três trincos, mas não conseguiram arrombá-la. O grupo recorreu à entrada de serviço, que ficou toda arranhada. “A porta ficava sempre trancada com duas voltas de chave. A gente sai cedo e só volta à noite, eles devem conhecer nossa rotina”, teme Lindalva.
O prejuízo da moradora foi alto: o grupo levou uma televisão LCD 32 polegadas, joias, tênis, um notebook e R$ 1 mil em espécie. “Meu guarda-roupa estava revirado, com tudo no chão. Fiquei em estado de choque, não venho mais aqui sozinha”, revelou. Lindalva morava no apartamento há menos de quatro meses e decidiu sair de casa depois do assalto. Ela está de mudança para a Asa Sul — a nova moradia tem grades de segurança.
Bloco Q da 403 Norte: furtos em dois apartamentos durante o dia
No mesmo dia do furto, bandidos também invadiram o apartamento em frente ao de Lindalva.. “Uma moradora saiu para ir ao comércio e deixou a grade aberta. Eles devem ter roubado os dois ao mesmo tempo, mas ninguém do prédio viu nada”, comentou a vítima. Os vizinhos da funcionária pública estavam com tudo encaixotado, prontos para se mudar do apartamento. Os bandidos sumiram com malas cheias de pertences da casa.
Um terceiro apartamento do edifício foi invadido nas últimas semanas. No Bloco M, uma residência do primeiro andar também teve a porta arrombada. Um grupo de quatro rapazes tentou por duas vezes entrar no Bloco P, mas acabou surpreendido pelo porteiro, Luiz Moreira, 52 anos. “Eles estavam insistindo, querendo entrar. Eles forçaram a porta, mas me viram e saíram correndo”, lembrou.
Equipamentos
Segundo Luiz, a tática dos homens era interfonar para todos os imóveis em busca de um vazio. O porteiro reparou que o grupo costumava andar pela quadra entre 9h e 15h e carregava uma chave de fenda. Ele mudou o horário de almoço para não deixar o pilotis vazio no início da tarde. “A gente fica de olho e toma cuidado. Tem que manter o prédio direito”, disse. A onda de assaltos também atingiu a 404 Norte.
Os blocos Q e P da 403 Norte têm porteiros, mas não contam com sistema de câmeras. De acordo com o prefeito da 403 Norte, Luiz Gomes, 82 anos, a instalação do equipamento em alguns prédios da quadra está sendo discutida pelos condôminos. “Esse método de segurança é um pouco caro, nem todos podem cooperar”, disse. Luiz lembra que pouco se vê policiais fazendo ronda nas redondezas. “Antigamente, até que passava, mas agora não tem. Eles ficam mais no comércio cuidando do trânsito”, afirmou. Segundo o prefeito, os próprios moradores se ajudam, fiscalizando o movimento na quadra.
A Polícia Civil não tem dados de quantos imóveis foram arrombados nas 400 este mês, mas os moradores falam em pelo menos sete casos. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, 287 imóveis de todo o DF foram roubados entre janeiro e junho deste ano. No mesmo período de 2008, ocorrerram 186 casos. Ou seja, um aumento de 54%.
O presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Brasília, Saulo Santiago, lembra que as queixas de furtos nas 400 aumentaram depois de outubro. “Com a proximidade do fim do ano, isso piora”, reforçou. Segundo ele, as 400 são prejudicadas tanto pela falta de porteiros durante as 24 horas por dia quanto pela fragilidade da segurança. “Com um pontapé se pode arrombar uma porta. Os prédios das 400 foram construídos em uma época em que não havia criminalidade em Brasília. Agora, os moradores devem pensar em uma blindagem para os blocos”, comentou.
O furto de um apartamento na 412 Norte na semana passada levou os agentes da 2ª DP (Asa Norte) a prender dois homens acusados do crime. Um deles deixou as impressões digitais gravadas em uma garrafa de uísque da residência. A dupla levou joias, bebidas alcoólicas, tênis e perfumes.
O delegado-chefe da 2ª DP, Antônio Romeiro, ressalta que o problema de furto à residência na Asa Norte está localizado nas 400. “As quadras mais vulneráveis são as 400. Alguns prédios não têm porteiro 24 horas nem um sistema de segurança eficaz. Nas outras quadras, isso dificilmente ocorre”, disse.
sábado, 21 de novembro de 2009
Reportagem 5:Correio Braziliense:Publicação: 18/11/2009 07:30 Atualização: 18/11/2009 08:25
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Proposta que está sendo analisada pela Câmara Legislativa acaba de vez com os fumódromos em áreas coletivas públicas ou privadas em todo o Distrito Federal. Medida, se aprovada pelos parlamentares na semana que vem, afetará 300 mil brasilienses
Leilane Menezes
Naira Trindade
Correio Braziliense
Publicação: 18/11/2009 07:30 Atualização: 18/11/2009 08:25
O projeto de lei que acaba com as áreas reservadas para fumantes
Câmara dos Deputados tem um espaço reservado para os fumantes
em locais coletivos públicos ou privados do Distrito Federal tem causado polêmica. A proposta nº 1.127/2009, de autoria dos deputados Dr. Charles Lima (PTB) e Alírio Neto (PPS), levada à Câmara Legislativa nesta semana, pretende fechar ainda mais o cerco aos fumantes. A intenção é proibir também os fumódromos – ambientes adaptados com exaustores que purificam o ar ou locais abertos destinados a fumantes. Os únicos lugares onde as pessoas poderiam fumar seriam nas residências ou em vias públicas.
O projeto de lei – bem parecido com o aprovado em São Paulo – divide opiniões de brasilienses, especialistas e donos de bares, restaurantes e similares. Se aprovada, a proposta anula a Lei nº 4.307/2009, sancionada em fevereiro deste ano, que permite fumar em ambientes abertos reservados a fumantes. A modificação vai influenciar no hábito e na rotina dos 300 mil fumantes do DF. Caso a restrição passe na Câmara, essas pessoas não mais poderão satisfazer o vício em ambientes abertos, como áreas de lazer e esporte coletivas (estádios e quadras poliesportivas, por exemplo), áreas externas de bares e restaurantes, ambientes no trabalho, fumódromos em boates, pousadas, centro comerciais, entre outros lugares (veja arte).
E a punição prevista para quem desobedecer a lei é pesada, de acordo com o projeto. Nesse caso, o brasiliense poderá receber uma multa que varia entre R$ 1 mil e R$ 10 mil. Por esse motivo, ao ser apresentado na Câmara Legislativa há duas semanas, o projeto causou tanta polêmica entre os distritais e sua análise foi adiada. A fim de chegar a um consenso, os parlamentares solicitaram uma audiência pública com segmentos da sociedade, realizada na última segunda-feira. Cerca de 300 pessoas participaram do debate, que aconteceu no auditório da Câmara.
Representantes de bares e restaurantes argumentaram sobre o prejuízo de donos dos estabelecimentos que – há apenas nove meses – tiveram de adaptar o comércio com ambientes para fumantes e não fumantes. Médicos destacaram o alto valor gasto pelo governo com tratamentos de doenças relacionadas ao fumo (no DF, são R$ 12 milhões por ano). A votação da proposta estava marcada para ontem, mas, diante da polêmica, foi adiada. É possível que os parlamentares analisem o projeto na próxima terça-feira.
"Fumar em lugares abertos e varandas pode contaminar as outras pessoas que frequentam o mesmo ambiente. Não existe ainda nenhum tipo de tecnologia de exaustão absoluta da fumaça do cigarro. A proibição é uma questão de saúde pública. O gasto dos estados com câncer de pulmão é altíssimo e as crianças e adolescentes aprendem a fumar ao verem uma pessoa fumando. Não sou contra o tabagismo, sou a favor da saúde."
"Não sou fumante nem apoio o tabagismo, mas sou contra a discriminação das pessoas que fumam. Elas têm seus hábitos e não podem simplesmente perder o direito às áreas reservadas. Eles (os deputados que aprovam o projeto) estão sendo radicais ao proibir que se fume em áreas abertas. As áreas reservadas são fechadas com paredes de vidro e contam com banquinhos e um exaustor que purifica em 100% o ar."
O autor da Lei nº 4.307, em vigor atualmente, considera radicalismo a intenção de proibir o uso do cigarro em todos os estabelecimentos. “Não podemos discriminar os fumantes. No Canadá, eles são obrigados a enfrentar o frio da neve para fumar. Mas não podemos deixar nossos fumantes a mercê de assaltantes, obrigando-os a consumir cigarros apenas nas ruas”, esclarece o deputado Raad Massouh (DEM), que destaca não ser fumante.
Para o médico pneumologista e professor da Universidade de Brasília (UnB) Carlos Alberto Viegas, é necessário pensar em saúde pública ao defender a proibição do cigarro em lugares públicos. “No Brasil, sete fumantes passivos morrem por dia vítimas de doenças relacionadas ao fumo. Isso é o exemplo de que as pessoas que frequentam o ambiente dos fumantes e não fumam sofrem os mesmos riscos”, explica.
O coordenador do Programa de Controle de Tabagismo no DF, Celso Rodrigues, levanta outro contraponto sobre o uso de cigarros em locais abertos. “Transformar nossos ambientes livres em fumódromos é um erro. Não tem mais o que discutir, a sociedade vai evoluir de tal maneira que o próprio fumante vai se sentir mal ao fumar na frente de outras pessoas”, defende.
O novo perfil de fumantes que está voltado a mulheres e crianças assusta também o defensor público do Distrito Federal André Moura. “Os maiores vendedores de cigarros das cidades do interior do país são as padarias, lugares onde as crianças vão comprar pães para os pais e balinhas. Não existe motivo para a polêmica. A saúde coletiva está em primeiro lugar. O interesse individual não pode sobrepor o interesse coletivo”, comenta Moura.
Multas
Não só o usuário será punido, caso a proposta seja aprovada. O comerciante que permitir o uso de cigarro em seu estabelecimento pode desembolsar até R$ 80 mil. Caso haja reincidência, o valor pode ser dobrado. E se houver três repetições do erro, o estabelecimento terá o alvará suspenso e, em seguida, a licença cassada. A fiscalização ficará a cargo da Vigilância Sanitária.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Reportagem 4: Correio Braziliense : Publicação: 09/11/2009 ás 20:27
Cortadores de cana em regime de quase escravidão são resgatados no Rio de Janeiro
Agência Brasil
Publicação: 09/11/2009 20:27
Um grupo de 38 cortadores de cana foi resgatado no município de Campos dos Goytacazes, no norte do Rio de Janeiro, pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel, composto por representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A operação deflagrada no fim de outubro só foi divulgada nesta segunda-feira (9/11). Sem condições de higiene, usando uniformes rasgados e comendo refeições precárias, os trabalhadores estavam vivendo em regime semelhante ao de escravidão, segundo a procuradora do Trabalho Guadalupe Couto.
Montamos equipes e nos dirigimos para os locais em que havia denúncias de que existiam trabalhadores sendo submetidos a condições análogas às de escravos nos canaviais. Lá nos deparamos com trabalhadores em condições degradantes, executando as atividades sem condições sanitárias, sem o fornecimento de água potável e sem local para fazer as refeições”, disse.
Segundo apromotora, os trabalhadores não tinham registro em carteira e eram obrigados a pagar, do próprio bolso, pelos uniformes, equipamentos de proteção individual e instrumentos de trabalho. Os fiscais também encontraram entre os cortadores de cana uma adolescente grávida de três meses.
Na presença dos fiscais, os trabalhadores tiveram suas contas quitadas pela empresa, recebendo todos os direitos trabalhistas, no valor total de R$ 260 mil. Só em danos morais, eles foram indenizados em até R$ 6 mil por pessoa.
A procuradora do Trabalho destacou que nenhum empregado pode trabalhar sem ter a carteira assinada, mesmo que seja temporário. Para denunciar trabalhadores nesse tipo de situação, o MPT disponibiliziu o seguinte número telefônico: 0800 0221 331.
Reportagem III: Correio Braziliense : Publicação: 07/11/2009 ás 15:32
Ônibus é incendiado em frente à Favela Roquette Pinto, no RioAgência Brasil
Correio Braziliense
Publicação: 07/11/2009 15:32
Um ônibus urbano foi incendiado na madrugada deste sábado (7/11) por vários homens, quando passava em frente à Favela Roquette Pinto, em Ramos, subúrbio da cidade.
O coletivo, da Linha 355, saiu da Praça Tiradentes, no centro, com destino ao bairro de Madureira, na zona norte, e passava pela Avenida Brasil %u2013 principal ligação do centro com as zonas norte e oeste %u2013 quando dois homens fizeram sinal em frente à Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré.
Quarenta passageiros estavam no ônibus. Um dos homens passou pela roleta e o outro ficou conversando com o motorista. Em seguida, ele avisou que não era um assalto e que todos ficassem tranquilos, relatou o cobrador Gilson Vieira, de 57 anos: %u201CNós só queremos o ônibus. Todos vão descer com calma ali na frente.%u201D
O motorista seguiu viagem por mais dois quilômetros até as proximidades da Favela Roquette Pinto, onde o motorista recebeu ordens de parar o coletivo, e que todos descessem.
Lá, cinco homens usando motos já esperavam a dupla, com galões de gasolina. Eles jogaram gasolina nos bancos e em menos de cinco minutos o ônibus foi totalmente destruído. O fogo atingiu também quatro carros de clientes de uma oficina mecânica que estavam do lado de fora. Segundo o mecânico David da Silva, o prejuízo é de quase R$ 50 mil, e os donos dos carros terão de ser indenizados.
Antes de ir embora, os homens jogaram panfletos no chão, indicando a presença de milicianos naquela região. Segundo a polícia, a comunidade da favela Roquette Pinto é dominada pela milícia há quase dois anos, depois que os traficantes foram expulsos por grupos paramilitares.
De acordo com a empresa Madureira-Candelária, o prejuízo com o incêndio do ônibus é superior a R$ 100 mil, já que o coletivo foi fabricado em 2008. A empresa informou ainda que os ônibus da Linha 355 já estão circulando normalmente.
Reportagem II:Correio Braziliense : Publicação: 29/10/2009 ás 08:54
Publicação: 29/10/2009 08:54
Edson Luiz
Daniel Antunes
Maria Clara Prates
Duas operações da Polícia Federal realizadas ontem prenderam 62 pessoas e desarticularam duas importantes rotas do narcotráfico internacional, por onde passavam cerca de 10 toneladas de cocaína anualmente. Os grupos eram coordenados por brasileiros que traziam a droga da Colômbia, da Bolívia e do Paraguai. Entre os investigados estava Leonardo Dias Mendonça, que está preso no Centro Penitenciário de Atividades Industriais do Estado de Goiás (Cepaigo), condenado a 38 anos de reclusão. Ele realizava as transações por meio de celular, dentro do próprio presídio. Em uma das ações da PF, foram realizadas busca e apreensão na residência de um funcionário da Justiça do Distrito Federal.
As investigações que resultaram na Operação Pérola, desencadeada a partir de Goiânia, começaram em 2006, quando foram apreendidos 300 quilos de cocaína em Fortaleza. A droga era do colombiano Juan Carlos da Silva Carvalho, que também deu suporte para o barco Saballa, que levava 200 quilos do pó para a Europa. A embarcação foi apreendida em 2008, na Costa da África, pela marinha francesa, a pedido da polícia inglesa. A partir daí, a Polícia Federal identificou que o grupo tinha ligação com Dias Mendonça, com o uruguaio Oscar Daniel Duran Placência e os árabes Elias Rasse e Ossen Makki.
A cocaína era trazida da Colômbia em pequenos aviões até o Pará e, em seguida, era enviada para o Suriname, de onde embarcava em navegações para os Estados Unidos e a Europa. Parte dos carregamentos permanecia no Brasil e era distribuída no Sudeste e Centro-Oeste do país. Dias Mendonça ficou conhecido internacionalmente por sua ligação com o traficante fluminense Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Os dois negociavam a compra da droga com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) até 2002, quando Dias Mendonça foi preso. A Operação Pérola prendeu 25 pessoas em Goiás, Distrito Federal, Pará, Mato Grosso, Ceará, Tocantins e Minas Gerais.
Triângulo
A Polícia Federal também prendeu outras 37 pessoas durante a Operação Triângulo, realizada em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia. O grupo é acusado de negociar a compra de cocaína e maconha no Paraguai, Bolívia e Colômbia, que chegava ao Brasil por meio de um sofisticado esquema de logística de transporte. O Triângulo Mineiro é considerado rota do tráfico internacional e quatro organizações criminosas foram identificadas no decorrer das investigações.
Num bairro nobre de Ituiutaba (MG) também foi preso um dos homens apontados como chefe do grupo, que não teve o nome revelado. Ele já havia sido detido por tráfico de drogas em 2005 e respondia ao processo em liberdade. Um advogado foi preso em Anápolis (GO).
Um dos suspeito de envolvimento com a organização criminosa é José de Deus Andrade, investigado por tráfico de drogas desde a década de 1990. Em 1999, José foi preso por fazer parte da quadrilha de Youssef Hahal, o Turcão, traficante com presença muito forte na divisa dos estados de Minas e Goiás, além de estreitas relações com os cartéis bolivianos. O delegado-chefe da PF de Uberlândia (MG), Júlio Cesar Domingues Bortolato, informou que a droga chegava ao Brasil passando por duas rotas alternativas. A primeira ligaria Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, a Pedro Juan Caballero, no Paraguai, já na fronteira com o Brasil, por via aérea.
Do Paraguai, o carregamento de maconha e cocaína era levado para Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, em carros de passeio e, depois, em caminhões até Anápolis e Caldas Novas, em Goiás, onde era armazenado e misturado a outras substâncias antes de ser distribuído.
Ainda ontem, a PF apreendeu cerca de 1,5 tonelada de maconha na BR-101, em Florianópolis (SC). Durante a ação, uma pessoa foi presa. A droga foi encontrada em um caminhão estacionado num posto de combustíveis.
Reportagem I: Correio Braziliense: Publicação: 24/10/2009 17:49
Rio tem 41 mortos nos últimos confrontos entre criminosos e policiais no Rio
Agência Brasil
Publicação: 24/10/2009 17:49
Rio de Janeiro - Pelo menos 41 pessoas morreram no Rio de Janeiro durante a tentativa de invasão do Morro dos Macacos no último dia 17 e as operações policiais realizadas nesta semana, em decorrência dessa tentativa, conforme informação divulgada pela Polícia Militar.
Segundo a corporação, entre os mortos estão três inocentes e três policiais militares. Ainda de acordo com a Polícia Militar, 58 pessoas foram presas e 38 armas apreendidas, além de cinco granadas. As operações policiais foram desencadeadas ao longo da semana para tentar prender os responsáveis pela tentativa de invasão. Entre as últimas quinta (22) e sexta-feiras (23), uma grande ação foi feita nas favelas do Complexo da Penha, na zona norte do Rio, onde pelo menos cinco pessoas ficaram feridas por balas perdidas, entre elas um estudante de 18 anos e um ex-combatente do Exército de 86 anos.
Também durante esta operação na Penha, a polícia trocou tiros com traficantes em pleno terreno da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 24 Horas do bairro, enquanto dezenas de pessoas aguardavam atendimento médico. Questionado sobre o risco de tiroteios em áreas densamente povoadas e em pleno terreno de uma unidade de saúde estadual, Cabral disse que é preciso haver “estresse” para acabar com o tráfico de drogas.
Segundo ele, o poder do tráfico é resultado de governantes anteriores que não queriam “estresse”, ou seja, que não queriam fazer operações policiais. “A postura anterior sempre foi uma postura de não criar estresse. Deu no que deu. Tivemos o crime organizado se fortalecendo. Para a gente chegar à pacificação que nós chegamos em várias comunidades, que hoje não têm crime organizado, nós avançamos. Queria eu que os criminosos não reagissem à nossa ação policial. Queria eu que fossem cidadãos como a maioria do povo, que respeitam as autoridades”, disse.
Ao contrário do que afirmou Cabral, no entanto, as operações policiais constantes em favelas do Rio de Janeiro fizeram parte das políticas de segurança das administrações fluminenses nos últimos 15 anos, como os governos de Marcello Alencar (1995 a 1999), que chegou a instituir uma gratificação por bravura aos seus policiais (conhecida como gratificação "faroeste"), de Anthony Garotinho (1999 a 2002) e da antecessora de Cabral, Rosinha Garotinho (2003 a 2006).
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Resumo:Pai sem terno e gravata
Ilustradora: Ana Raquel
Nome do Livro: Pai sem terno e gravata
Editora Moderna
ASSESSORIA DE IMPRENSA
LITERATURA INFANTIL E JUVENIL
Pai sem Terno e Gravata
O livro "Pai sem terno e gravata" conta a história de uma menina chamada Andréia ele fala sobre sua vida, que passou por uma forte mudança partir de quando sua mãe e seu pai perde o emprego pela consequência da crise financeira.
E com a crise que estava ocorrendo em sua família acabou tendo que dispensar a empregada que era muito querida por sua família e principalmente pela Andréia. Tiveram que mudar de casa e Andréia também teve que mudar de escola e parar de praticar a natação.
A menina vê o pai ficando cada vez mais nervoso e acabado, o clima fica cada vez mais chato. Mas, depois, ela vê também o lado positivo das mudanças: na nova escola há pessoas interessantes, ela vê que lá tem amigos de verdade.
O seu pai estava sem esperanças para recomeçar já que era velho demais e tinha ido a procura de varios empregos mas não conseguiu ,devido a causa da crise financeira. Até que a tia de Andreia ,Gina vem passar uns dias na casa da família , e da conselhos ao seu país. Ai acabam montando uma tenda na feira do artesanato, vendendo bonecas e moveis de madeira.
Sua família passa a ter uma vida melhor como era antes saindo da crise. Ótavio pai de Andréia deixou de usar terno e gravata.